quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A ARTE EXIGE DISCIPLINA Por Cidah Viana.


A   ARTE   EXIGE   DISCIPLINA
Por Cidah Viana.


Trabalhando com projeto social, a coordenação  conscientiza o aluno participante de que quem se restabelece é a própria pessoa. O projeto não é capaz de por si só mudar a pessoa. Entretanto, ele é o caminho para que haja uma tentativa de integração social. Todavia, é preciso estar com os dois pés no chão, pois não há como educar sem planos. O contato dos adolescentes com a arte exige a construção de valores como a disciplina, só então podem se oferecer outros conhecimentos.

“Os valores estéticos (da beleza) nos chamam para a natureza, para as cores, para os sons, para as palavras, ritmos, espaços, transparências, silêncios...” (ROMAÑA, 2004 p. 65).

Dar autoria ao aluno/ator em relação a sua representação pressupõe lhe dar acesso a algumas possibilidades de figurinos e acessórios cênicos para que possa escolher o que mais se aproxima da sua visão do personagem. Igualmente, deve se orientar e oferecer a chance de se apresentar como ator, a oportunidade de corresponder ao texto escolhendo a melhor postura corporal, encontrar o tamanho dos gestos e a marcação da cena no espaço. Só após verificar qualidade dos elementos plásticos e dramáticos produzidos pelo grupo, é que o diretor/educador pode intervir verificando individualmente, auxiliando cada elemento.

Para Moreno apud Diniz (1995, p. 27), a espontaneidade, “é provavelmente mais antiga que a sexualidade, a memória e a inteligência. Embora seja a mais antiga em termos universais e na evolução, é a força menos desenvolvida nas pessoas e, frequentemente, inibida e desencorajada pelas instituições culturais”.

A compreensão para com os componentes do grupo deve estar comprometida com o respeito por suas experiências de vida, pois o princípio fundamental dos projetos é de promover a integração social de jovens, conscientizando-os da sociedade para com a nova realidade que se criou nesse segmento. O teatro, as encenações são pretextos para o crescimento pessoal.

Segundo Nietzsche (2005, p. 28) “Assim como o filosofo se porta, perante a realidade da existência, assim se porta o homem artisticamente impressionável, perante a realidade do sonho; ele gosta de contemplar e o faz atentamente; pois é por essas imagens que ele interpreta a vida, e através destes acontecimentos, se exercita para viver”.

Todavia, o projeto não abre mão de trabalhar os valores estéticos. Criam-se possibilidades de uma verdadeira experiência de ensino e aprendizagem em que os alunos participantes acabam adaptando esses novos conhecimentos a vários aspectos de suas vidas.
A construção da consciência visual mostra-se surpreendente e produtiva, pois o ator de teatro precisa conhecer como se expressa a cada momento.

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